terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Amizade antiga

Eu quero ter histórias
que nem eles para contar
Lembranças das loucuras,
um passado para relembrar.

Aventuranças de andarilhos
que andavam por andar
desbravando o desconhecido
sem nunca chegar lá

Agora, aposentados,
apenas relembram seus devaneios
tomando uma cervejinha
Na minha casa de veraneio.

sábado, 22 de janeiro de 2011

Dueto

Sinto os dedos afogando-se entre as minúsculas partes daquela areia fofa. Não nego que sejam irritantes, mas a sensação que elas trazem muito me vale. O vento sopra em minha cara e leva de mim eu mesma. Pairo por ai e nem percebo que me perdi. Só o barulho das ondas vaga em meu pensamento. Entro ao mar um tanto tímida. Tal timidez que se dissipa com o carinho suave das torneadas ondas. Ah, como são dúbias, ao mesmo tempo em que são arrogantes de tanta petulância são também aconchegantes. Deito ao mar, flutuo nele. Esqueço, mesmo que por poucos instantes, do que sou. Eu viro dele, sinto-o em mim. O único pensamento existente é imaginar qual a surpresa que ele me trará. O que de inusitado pode acontecer? Não há pretensão da minha parte de prever, de fato, algo. Apenas deixo ser levada pela imensidão do azul que me olha.