quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Certas horas passam tão rápidas, outras se tornam memoriais. Muitas mudanças em um único dia, não no sentido habitual, mas de fato mudanças. Ao abrir os olhos hoje de manhã a percepção tinha mudado sensivelmente. Olhei o mar aberto, um tremendo visual, não que fosse alguma novidade, mas aquilo me pareceu tão surreal. Na simplicidade do obvio está o que eu mais prezo. Minha jornada continua rumo ao ateliê, vou lá desde pequena, mas eu nunca tinha parado pra realmente ver. Notei os detalhes. Por trás de cada peça havia implícita a recompensa daquele trabalho cultural. De qualquer forma, o dia seguiu o seu rumo costumeiro, com solvente e giz. Parada sagrada pro café. Uma companhia diferente com conversa esquisita, agradável... Paradoxo. Antes de voltar a velha rotina, de tentar estudar, uma proseada rápida, só pra relaxar.
Mesmo parecendo o dia já terminado, vem na minha direção o passado. Quanta saudade, sem menosprezar o hoje, dos velhos tempos. Mesmo sem informação por um prolongado tempo, a amizade continuava exatamente de onde ela, digamos, parou. A conversa fluiu de maneira tão espontânea, leve, prosa solta. Ficamos sentadas não muito tempo. Nem se quer havia uma cervejinha pra gente. Mas no meu espaço-tempo a noite rendeu por dias. E se os conceitos não estiverem coerentes, peço desculpas, mas me dei liberdade de inventar alguns.
Não digeri todos os fatos, ainda estou os absorvendo. Das poucas pessoas que conheço, há algumas que valem a pena. Não são dez ou três. Não são números e sim, amigos, mesmo eles se recusando em admitir essa condição. Enfim, de hoje o que resta é um agradável bom humor.