quarta-feira, 14 de setembro de 2011

E ao correr ao fundo do mar,
trevas que faíscam em vida,
os sonhos desejo alcançar;
descubro que a imaginação não está perdida. As medusas vão iluminando o caminho de uma rotina corrida e algo que não consigo identificar, meus sentimentos oscilam entre partir e ficar.


Através de lençóis oceânicos
os saltos me levam adiante
e sei que não preciso de anzóis
para que a baleia fulgurante determine o rumo da jornada. Ao sabor dos quatro ventos, sigo o sul sudoeste, rumo à terra celeste, à terra não-contada talvez até inventada (e imprudentemente fértil).


De pés agora desvendados
meus olhos não hesitam,
aceito os céus como meu chão
ao contar os últimos passos dados. A baleia que está firme na mão me guia pelas ondas de som, encaminhando-me às águas de onde provi.



(Daniel e Laís / Setembro de 2011)