quinta-feira, 3 de janeiro de 2013


A vida melhora,
É a roda,
É a vez,
Felicidade, sensatez.
Marcas, migalhas,
Feridas, tralhas,
Mas a cura,
Da secura
Que outrora,
Estava aqui.
E sorrir,
Sem ter motivo,
Ou razão,
Apenas rir.
Dizer bom dia pra si.
E fazer dele bom.
Acreditar que o que está por vir
Será muito melhor do que era,
Matar todas as feras
E deixar a leveza mandar,
Habitar, me levar, flutuar.
Porque a vida é melhor mais leve,
Mais livre, mais solta...
...mais feliz!

quinta-feira, 15 de novembro de 2012


Muito mais do saber,
É sentir,
Muito mais que ter,
É ser...
Qualquer coisa que dê alegria
Que traga harmonia
De estar vivo,
De estar aqui e agora,
Mesmo que a saudade aperte
Que o horizonte se perca,
Mesmo que nada faça sentido,
E aí vem aquele sorriso
Sincero, bonito,
Traduzindo a felicidade
Da lembrança que vem vindo





6 meses sem ele

sábado, 21 de abril de 2012

Giz de cera

Nas areias
A água é rara,
A lua é cheia,
O mar apaga,
teu nome assim
com o tempo.
É a brisa,
É o vento 
mas o teu cheiro,

ainda é o senso,
Senso da condução,
Senso do dia-a-dia
Condução do senso,
Condução da melodia. 



Laís e Krystopher

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

E se ao olhar
Para imensidão do mar,
De repente surgir,
Aquela angústia,
Aquele afago,

Ao ver a tarrafa,
E não mais o pescador.
Ver o cardume,
E não mais o peixe.
Ver a escuridão,
E se perder nela.
Como voltar do repuxo nostálgico,
Se a mente está se afogando?

sábado, 11 de fevereiro de 2012

E o vento...

É a ventania que vem
Ao longe, ao norte,
Não sei muito bem.
Mais uma vez lá vem ela,
Leva todas as minhas idéias.
Um lapso, um lápis,
Um risco, um traço.
Passo,
Meu passo.
Esperança
Nas lembranças.
Que já não existem mais

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Certas horas passam tão rápidas, outras se tornam memoriais. Muitas mudanças em um único dia, não no sentido habitual, mas de fato mudanças. Ao abrir os olhos hoje de manhã a percepção tinha mudado sensivelmente. Olhei o mar aberto, um tremendo visual, não que fosse alguma novidade, mas aquilo me pareceu tão surreal. Na simplicidade do obvio está o que eu mais prezo. Minha jornada continua rumo ao ateliê, vou lá desde pequena, mas eu nunca tinha parado pra realmente ver. Notei os detalhes. Por trás de cada peça havia implícita a recompensa daquele trabalho cultural. De qualquer forma, o dia seguiu o seu rumo costumeiro, com solvente e giz. Parada sagrada pro café. Uma companhia diferente com conversa esquisita, agradável... Paradoxo. Antes de voltar a velha rotina, de tentar estudar, uma proseada rápida, só pra relaxar.
Mesmo parecendo o dia já terminado, vem na minha direção o passado. Quanta saudade, sem menosprezar o hoje, dos velhos tempos. Mesmo sem informação por um prolongado tempo, a amizade continuava exatamente de onde ela, digamos, parou. A conversa fluiu de maneira tão espontânea, leve, prosa solta. Ficamos sentadas não muito tempo. Nem se quer havia uma cervejinha pra gente. Mas no meu espaço-tempo a noite rendeu por dias. E se os conceitos não estiverem coerentes, peço desculpas, mas me dei liberdade de inventar alguns.
Não digeri todos os fatos, ainda estou os absorvendo. Das poucas pessoas que conheço, há algumas que valem a pena. Não são dez ou três. Não são números e sim, amigos, mesmo eles se recusando em admitir essa condição. Enfim, de hoje o que resta é um agradável bom humor.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

E ao correr ao fundo do mar,
trevas que faíscam em vida,
os sonhos desejo alcançar;
descubro que a imaginação não está perdida. As medusas vão iluminando o caminho de uma rotina corrida e algo que não consigo identificar, meus sentimentos oscilam entre partir e ficar.


Através de lençóis oceânicos
os saltos me levam adiante
e sei que não preciso de anzóis
para que a baleia fulgurante determine o rumo da jornada. Ao sabor dos quatro ventos, sigo o sul sudoeste, rumo à terra celeste, à terra não-contada talvez até inventada (e imprudentemente fértil).


De pés agora desvendados
meus olhos não hesitam,
aceito os céus como meu chão
ao contar os últimos passos dados. A baleia que está firme na mão me guia pelas ondas de som, encaminhando-me às águas de onde provi.



(Daniel e Laís / Setembro de 2011)

domingo, 10 de julho de 2011

Ao andarilho

O andar tranqüilo
Do caro andarilho
Se fez ainda mais calmo.
Sabe de sua condição,
Da realidade,
Das coisas que virão.
E por acaso surge
Uma calmaria
No meio dessa confusão.
Saí do meu mundo mágico.
Ilusão!

sábado, 2 de julho de 2011

Monólogos

Solilóquio oculto
Da raiz do cogumelo-flor
Que dava cor ao vulto
Aquarela matinal,
Ideia marginal,
Do louco duende
Persuadido, mente

domingo, 26 de junho de 2011

Olutit mes

Ao olhar pra baixo,
O mundo se transformava,
Meus pés eram partituras,
Silenciosas, caladas.
Em tom de grafite surge
Uma combinação de notas
Que pouco me diz
Apenas ludibria,
Pequeno aprendiz.