domingo, 4 de julho de 2010

Palestra do Silêncio.

Por milésimos de segundos meus ideais tomam uma conotação diferente. Um ar revolucionário toma conta de mim. O debate esquenta, um sentimento de impotência começa a aparecer. Um impulso de mudança cresce, mas desaparece antes que eu possa entendê-lo. Percebo que me manipulam sem que eu note, quando vejo sou apenas mais uma pessoa inerte das tantas que formam a sociedade.
Alieno-me porque é mais fácil habitar meus devaneios. Katrina é minha mais nova cidade fantasia. É como se eu vivesse a maior parte do meu tempo em um mundo ilusório apenas porque é confortável. Um local protegido por muro gigantesco, contrastando com o nada que há ali. As paredes frias e mórbidas me acolhem. A segurança paira sobre mim. A mudança desaparece perante essa confortável situação que me coloquei. Durou pequenos instantes, mas já me habituei a viver no conformismo, na mesmice, na escuridão da ignorância na qual me encontro.

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