quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Ao "Runconis"

Acho tão engraçado lembrar,
Das nossas histórias, do céu,
Das risadas...
Biscoitos de aveia com mel.

Os abraços que tanto reclamavas
Hoje sentes vontade.
De você, meu caro amigo,
Eu quase surto de saudades

Quero fritar, enlouquecer
Quero dançar e esquecer...
Esquecer tantas abstrações.
Só nos resta uma coisa:
Ximbica e suas canções!

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Meu saldo de sentimentos

O jantar está quase pronto. A louça está perfeitamente alocada sobre a mesa. Ainda faltam alguns convidados. Os que chegaram conversam cordialmente sobre assuntos diversos. O aroma exalado da cozinha seduz a todos.
A mesa está disposta de maneira impecável. Não há como não reparar nas travessas de prata, nos pratos amigos, no castiçal antigo. As pétalas espalhadas entre os pratos dizem boas vindas ao campo. Uma voz da cozinha silencia a todos. O jantar está pronto.
Entre uma garfada e outra, a conversa fluía, num tom alegre a nostálgico. Aos poucos os convidados que faltavam iam chegando e se sentando à mesa. Todos reunidos. Fazia tempo desde o último encontro. Este, porém, estava diferente. Acoplamos mais integrantes.
O que me chamou a atenção era um único lugar vazio. Interessei-me por ele. Foi tão convidativo. Era como se eu pudesse fazer mais uma vez parte do jantar. Enchi-me de dúvida. Não sabia ao certo o que fazer. Por impulso sentei-me.
A conversa se confundia com o tilintar dos talheres. Eu me mantive sentada. Arrisquei-me a dizer algumas palavras. Porém nem fui notada. Mesmo estando ali, eu não fazia parte daquilo.
A sobremesa é servida. Eu saí mesa, sentei num sofá mais ao canto, perto de uma janela. Acomodei-me ali. Pude notar a alegria do lugar. Minha atenção não ficou voltada a esse fato. Estava ludibriada por uma corda. Estava amarrada numa árvore. Não sei qual era a mais velha, a árvore ou a corda. Lembrei-me de sua serventia. Balanço, e um dos mais divertidos que eu conheci. Daquele dia até o do jantar já se passaram inúmeros outros. Eu fiz parte de algum deles. E isso é intrínseco a mim.
Um copo cai ao chão, despedaçando-se em inúmeros pedaços. Volto à realidade. Vi que alguns me olhavam. Era como se os olhos dissessem: “obrigada por ter vindo”. Sei que há um carinho muito grande, tanto da minha parte quanto da deles. Disso eu tenho certeza. O que tem me deixado insegura é a mudança. Não sei ao certo se quero fazer parte dela.
Os cacos são juntados. A conversa volta ao normal. Entre um devaneio meu e outro, palpito em algum assunto. Observo mais do que falo. É engraçado, alguns dos convidados já se foram. Nem os notei partindo. Talvez seja o mesmo comigo. Ou não.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Entre as ondas do Psi.

Se há alguma coisa
Que eu não entendo
É como essa família organizada
tem tantos elementos?!

Cada casa tem vários integrantes
Todos tem sua exceção
do pequeno ao grande
Todos te trazem informação.

Mendeleiev que me perdoe
Mas não quero mais essa disposição
Vivo num mundo diferente
Eu quero mesmo é um surubão.

Quero um tal de carbono
que anda meio dado por aí,
Às vezes hibridiza sp³
Ninguém sabe o que está por vir.

Não gosto mesmo é dos haletos
que só querem receber,
Nem das suas eletronegatividades
que acabam por me distorcer

Quem eu gosto são os cátions
que dão por puro prazer,
Eles querem estabilidade,
para nobre um dia ser.

Há também aqueles
que são muito dissimulados,
no nosso mundo são anfóteros,
Ora bases, ora ácidos.

Tem aqueles que não querem socializar
Ficam inertes no seu mundo pobre,
uns tais de ouro, platina e cobre.

Já me cansei do tipo charlatão
As vezes são metais,
as vezes não.

Agora vou finalizar
e conhecer mais dessa família,
Inorgânica vou estudar,
Continuo outro dia.

Patrícia S. Kayo e Laís S. Matos